Nos últimos anos foram imensos os desafios para o SNS e para todos os seus profissionais, todos sem excepção! Hoje conseguimos afirmar que estamos juntos pela defesa do SNS, pois sabemos que manter a conquista de Abril nos permitirá defender uma sociedade coesa, justa, fraterna, democrática e solidária.
Defender o SNS é defender o Direito ao acesso a cuidados de saúde, em todas as suas dimensões: promoção, prevenção, cuidados curativos, cuidados paliativos e cuidados de reabilitação.
No que se refere à estratégia e organização das políticas de saúde, considero que a Rede Nacional de Cuidados Paliativos tem sido mais um dos “entes pobres” do SNS, não só um, mas mais um!
É inaceitável que em Portugal não exista uma resposta célere e estruturada para fazer face às necessidades de cuidados paliativos para cerca de 100.000 pessoas.
Proponho maior robustez na investigação, no planeamento e na organização de respostas concretas baseadas em evidência científica e nas necessidades dos cidadãos. Assim proponho:
- Acompanhar as medidas legislativas no âmbito da saúde baseadas na evidência das necessidades de acesso a cuidados paliativos que visem desbloquear processos de reestruturação ou construção de novas unidades de cuidados paliativos;
- Apoiar medidas que visem a maior implementação das Unidades de Cuidados na Comunidade;
- Defender as carreiras profissionais de todos e de todas envolvidas na gestão, planeamento, organização e prestação de cuidados de saúde aos cidadãos;
- Trabalhar em proximidade com as associações de doentes e de cuidadores informais.
Estou certa que teremos muito caminho a fazer, mas enquanto existir uma pessoa que seja sem acesso a cuidados de saúde em geral, e a cuidados paliativos, em particular, estaremos unidos para fazer a diferença na vida dos cidadãos.
“Enquanto houver estrada para andar, a gente vai continuar”, porque a vida boa é aquela em que todos têm igual oportunidade no acesso a cuidados de saúde.